Olá meninas, vamos aprender sobre Câncer de colo de útero
Estima-se que 12% a 20% das brasileiras entre 25 e 64 anos nunca realizaram o exame citopatológico (preventivo), mulheres no climatério e menopausa devem fazer o exame normalmente, mulheres histerectomizadas também precisam fazer coleta regularmente.
O câncer de colo do útero é evitável , ele é silencioso e não apresenta sintomas em estagio inicial.
A cada 3 minutos uma mulher morre por câncer de colo do útero, de três mulheres uma desenvolve a doença.
Por que é importante o rastreamento?
O câncer do colo do útero é o segundo mais incidente na população feminina brasileira, excetuando-se o câncer de pele não melanoma. Para o ano de 2010, foram estimados 18430 casos novos de câncer do colo do útero e uma taxa bruta de incidência de 4,87/100 mil mulheres (INCA, 2009). Em 2007 essa neoplasia representou a quarta causa de morte por câncer em mulheres (4691 óbitos), com taxa bruta de mortalidade de 4,82/100 mil mulheres (Divisão de Informação/INCA), isso é muita coisa, muitas mulheres ainda não fazem o exame por medo, pre-conceito, vergonha , isso tem que mudar! Hoje em dia temos muitos recursos e lugares para realização do exame, é um ato de amor com você.
As mulheres correm o risco de um em três durante sua vida de desenvolver câncer, e uma em quatro mortes é em virtude de câncer (Alexander et al., 2004). As afro-americanas apresentam as taxas de mortalidade mais elevadas em virtude de cardiopatia e câncer (Breslin & Lucas, 2003).
Nós como enfermeiras estamos engajadas no rastreamento, na orientação e na detecção precoce, afim de reduzir essas estatísticas. Há evidencias de que a prevenção e a detecção precoce reduzem não apenas as taxas de mortalidade pelo câncer, como também evitam cânceres do aparelho reprodutivo.
A incidência e as taxas de mortalidade do câncer da cervice diminuíram muito nas últimas décadas, sendo a maior parte dessa redução atribuída ao esfregaço de Papanicolaou ( exame preventivo ginecológico), que detecta o câncer da cervice e as lesões pré- cancerosas. O câncer da cervice é um dos mais tratáveis quando detectado em estágio inicial (American Cancer Society, 2005).
A triagem por esfregaço de Papanicolaou pode identificar as lesões pré- invasivas e evitar o câncer ( Benard et al., 2004). As medidas de prevenção incluem os exames pélvicos regulares e os testes de Papanicolaou para todas as mulheres. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), com uma cobertura da
população-alvo de no mínimo 80% e a garantia de diagnóstico e tratamento adequados dos casos
alterados, é possível reduzir em média 60% a 90% da incidência de câncer invasivo de cérvix na
população (WHO, 2002). A experiência de alguns países desenvolvidos mostra que a incidência
de câncer do colo do útero foi reduzida em torno de 80% onde o rastreamento citológico foi
implantado com qualidade, cobertura e seguimento das mulheres (WHO, 2008).
Segundo as diretrizes brasileiras, o exame de Papanicolau deve ser disponibilizado às mulheres com vida sexual ativa, prioritariamente àquelas da faixa etária de 25 a 60 anos, definida como a população-alvo. Essa faixa etária é justificada por ser a de maior ocorrência das lesões pré-malignas de alto grau, passíveis de serem efetivamente tratadas e não evoluírem para câncer. Antes de 25 anos, prevalecem as lesões de baixo grau, cuja maior parte regredirá espontaneamente e deverá ser apenas observada. Após 60 anos, por outro lado, se a mulher tiver tido acesso à rotina dos exames preventivos, com resultados normais, o risco de desenvolvimento do câncer cervical é diminuído, dada a sua lenta evolução. A continuidade do rastreamento após os 60 anos deve ser individualizada e, após os 65 anos, a recomendação é de suspender o rastreamento se os últimos exames estiverem normais.
Quando é importante o exame?
Segundo as diretrizes brasileiras, o exame de Papanicolau deve ser disponibilizado às mulheres com vida sexual ativa, prioritariamente àquelas da faixa etária de 25 a 60 anos, definida como a população-alvo. Essa faixa etária é justificada por ser a de maior ocorrência das lesões pré-malignas de alto grau, passíveis de serem efetivamente tratadas e não evoluírem para câncer. Antes de 25 anos, prevalecem as lesões de baixo grau, cuja maior parte regredirá espontaneamente e deverá ser apenas observada. Após 60 anos, por outro lado, se a mulher tiver tido acesso à rotina dos exames preventivos, com resultados normais, o risco de desenvolvimento do câncer cervical é diminuído, dada a sua lenta evolução. A continuidade do rastreamento após os 60 anos deve ser individualizada e, após os 65 anos, a recomendação é de suspender o rastreamento se os últimos exames estiverem normais.
Os Fatores de risco associados ao câncer do colo de útero:
- Idade precoce da primeira relação sexual ( no primeiro ano depois da menarca)
- Condições socioeconômicas mais baixa
- Parceiros promíscuos
- Relação sexual sem proteção
- História familiar de câncer do colo de útero (mãe ou irmã)
- Filhas de mulheres que tomam dietilestilbestrol ( é indicado para o tratamento de Carcinoma mamário metastático)
- Infecção crônica por clamídia ou herpes genital
- História de múltiplos parceiros sexuais
- Tabagismo
- Estado imunodeprimido
- Infecção pelo HIV
- Uso de anticoncepcional oral
- Infecção pelo HPV
- Reprodução precoce
- Estado de sobrepeso
Manifestações clínicas
Existem vários tipos diferentes de câncer de colo de útero. O câncer cervical inicial raramente produz sintomas. Quando os sintomas estão presentes, eles podem passar despercebidos como uma fina secreção vaginal aquosa, frequentemente observada depois da relação sexual ou ducha. Quando os sintomas como a secreção, sangramento irregular ou dor ou sangramento depois da relação sexual acontecem, a doença pode estar avançada. A doença avançada não deve ocorrer se todas as mulheres têm acesso e disponibilidade do cuidado ginecológico.
No câncer cervical avançado, a secreção vaginal aumenta gradualmente e torna-se aquosa e, por fim, escura e com odor fétido a partir da necrose e infecção do tumor. O sangramento, que acontece a intervalos irregulares entre os períodos (metrorragia) ou depois da menopausa, pode ser discreto ( apenas o suficiente para borrar as roupas íntimas) e comumente tem lugar depois do trauma ou pressão discreta (p. ex., relação sexual, ducha ou esforço ao defecar). À medida que a doença continua, o sangramento pode persistir e aumentar . Dor nas pernas, disúria, sangramento retal e edema dos membros sinalizam a doença avançada ( Brunner & Suddarth, 2009).
O diagnóstico pode ser feito com base nos resultados anormais do esfregaço de Papanicolaou . O amplo emprego do esfregaço de Papanicolaou ( também conhecido como exame ginecológico preventivo), um procedimento usado para obter células do colo uterino para rastreamento citológico, já salvou dezenas de milhares de vidas femininas e diminuiu o número de mortes em decorrência de câncer da cervice em mais de 70% (ACS, 2005).